
Quando a Entidade faz o Melhor para Ela e Não para o Médium.
A Verdadeira Natureza da Espiritualidade: O Caminho da Evolução e do Compromisso Coletivo!
A espiritualidade na Umbanda ou Quimbanda e outras práticas religiosas de matriz africana não é simplesmente uma religião do perdão. Ao contrário, ela é a religião da energia, onde o que realmente acontece no plano espiritual se fundamenta no princípio de “quem deve paga e quem merece recebe”. Este é um conceito essencial para a compreensão de como a espiritualidade age em nosso cotidiano, principalmente quando falamos sobre a atuação das entidades espirituais.
Muitas pessoas ainda têm dificuldades para entender que a espiritualidade não existe apenas para fazer o que é benéfico para o ser humano de forma individual, mas também para a comunidade como um todo. Vivemos em sociedade e, por isso, a espiritualidade tem uma missão maior: fortalecer a fé, promover o bem e fazer a energia circular de forma a permitir que a família espiritual cresça.
A espiritualidade não foi criada para ser algo isolado. Aqueles que tentam manter a sua prática espiritual em isolamento, sem compartilhar a energia com os outros, estão ignorando o verdadeiro propósito das entidades.
O caminho da evolução não passa por se fechar no próprio mundo. Ao contrário, a verdadeira evolução está em saber conviver com os outros, em compartilhar energia positiva e em possibilitar que mais pessoas possam ter uma vida melhor.
É comum ver indivíduos que se isolam do mundo e buscam resolver suas questões espirituais sozinhos, acreditando que isso os tornará mais evoluídos. Porém, o que muitos não compreendem é que, ao fazerem isso, eles estão se limitando. Não há força real para quem se isola, pois a energia da espiritualidade é coletiva. Ela se expande, e ao fazer parte desse ciclo, o médium também evolui.
Muitos ainda acreditam na ideia de que “não existe almoço grátis”, um dito popular que reflete bem a mentalidade que alguns têm sobre a espiritualidade. A entidade espiritual também precisa trabalhar. Quanto mais ela se dedica, mais ela evolui, pois a energia precisa ser constantemente renovada e direcionada. O médium que limita sua entidade, que a impede de agir de forma plena, está na verdade tirando dela a oportunidade de evoluir.
O que ocorre, então, é que muitas pessoas acham que suas entidades estão agindo apenas para o próprio bem delas, quando na realidade, a entidade faz o que é melhor para o conjunto da espiritualidade. Ela atua dentro de um propósito maior, que muitas vezes não é diretamente relacionado ao interesse do médium, mas ao bem-estar da coletividade espiritual.
No processo de desenvolvimento espiritual, o ser humano muitas vezes faz um trato com a espiritualidade, mas, com o tempo, tende a esquecer-se do que foi acordado. O ego começa a assumir o controle e as pessoas acreditam que o que receberam da espiritualidade foi um simples mérito pessoal, quando na verdade foi fruto de um acordo feito entre o médium e seus guias espirituais.
Essa desconexão entre o trato realizado e a realidade das ações leva muitas pessoas a se desiludirem com a espiritualidade. Quando não cumprem com o compromisso assumido, o médium acaba se sentindo injustiçado, e coloca a culpa nos guias espirituais por não ter recebido o que achava que merecia.